sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Fins resenha: Artigo sobre mensuração de capacidade inovadora


  Hoje Fins preparou uma resenha do seguinte artigo (segura esse título! rs): MENSURAÇÃO DE CAPACIDADES TECNOLÓGICAS INOVADORAS EM EMPRESAS DE ECONOMIAS MERGENTES: MÉRITOS LIMITAÇÕES E COMPLEMENTARIDADES DE ABORDAGENS EXISTENTES.

Os autores do Artigo são a Camila S. Loures e o Paulo N. Figueiredo, estudantes da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, da Fundação Getulio Vargas.

O assunto tratado são os méritos e limitações de duas importantes abordagens sobre mensuração (medição) de capacidades tecnológicas inovadoras: uma perspectiva macro sobre surveys (pesquisas/levantamentos) de inovação e uma perspectiva micro específica para empresas.

O artigo concentra-se em duas tarefas: esclarecer algumas definições sobre estudos e estratégias de inovação industrial no contexto de economias emergentes e apresentar métricas para estas estratégias e estudos principalmente no Brasil.

Ele aborda a mensuração de tipos e níveis de capacidades para funções tecnológicas específicas para empresas.

No tópico 2, denominado CAPACIDADE TECNOLÓGICA E INOVAÇÃO, ele esclarece que a capacidade tecnológica de uma empresa está nestes quatro componentes: sistemas técnico-físicos, conhecimento e qualificação das pessoas, sistema organizacional, produtos e serviços.

Muito citado durante o artigo, o Manual de Oslo, criado em 1992 pela organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), é a principal fonte internacional para a interpretação de dados sobre as atividades inovadoras na indústria. No ano de publicação do artigo o manual estava em sua terceira edição (2005).

No tópico 3, denominado ABORDAGENS TRADICIONAIS DE MENSURAÇÃO DA ATIVIDADE INOVADORA À BASE DE INDICADORES DE C&T, ele critica as 2 abordagens tradicionais.

Uma das principais críticas aos surveys de inovação é a grande ênfase dada aos financiamentos e investimentos em P&D (pesquisa e desenvolvimento). Quando se emprega indicadores de P&D, tem-se em mente o modelo linear de inovação. Porém, inovação não  é um processo linear, pelo contrário, os elementos da inovação interagem através dos vários estágios para combinar uma complexa rede de relacionamentos e atividades (ARCHIBUGI; PIANTA, 1996).

Outro problema é o uso do indicador de patentes produzidas. Os países emergentes não exportam significativamente produtos especializados, com marca própria, para os mercados dos EUA.

Dessa forma estudos à base de indicadores de C&T (capacidade e tecnologia) tendem a fornecer informações agregadas, voltadas para questões e perspectivas de nível macro, não adentrando nas especificidades de cada empresa.

No tópico 4, denominado PINTEC: Reflexo de estudos baseados em perspectiva convencional à base de indicadores de C&T, ele explica sobre a PINTEC – Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta pesquisa tem como objetivo levantar informações sobre distintos aspectos do processo de inovação tecnológica nas empresas brasileiras.

No tópico 5, denominado ABORDAGEM À BASE DE TIPOS E NÍVEIS DE CAPACIDADES TECNOLÓGICAS EM NÍVEL DE EMPRESAS, ele explica sobre o modelo criado por Figueiredo (2001) capaz de identificar e medir tipos e níveis de competências  tecnológicas em empresas de economias emergentes. Segundo esta abordagem, competência tecnológica representa os recursos necessários para gerar e gerir mudanças tecnológicas. As evidências encontradas a partir desta abordagem sugerem que as generalizações sobre o sistema de inovação brasileiro nem sempre refletem a realidade industrial do país.

No tópico 6 ele apresenta quadros comparativos e conclui que: os surveys de inovação são úteis e relevantes do ponto de vista da globalização mas se faz necessário um complemento por estratégias que forneçam uma visão mais focada, detectando nuances e especificidades de cada organização.

Isso aí Paulo e Camila, arrebentaram!

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